Nós já fomos importantes. Representávamos o ideal de muitas pessoas, e trazíamos em nós a marca de momentos grandes e importantes da vida, de alegria e de conquista. As pessoas buscavam em nós a lembrança destes bons momentos, não apenas por saudade ou nostalgia, mas para manter viva a memória.
Hoje, depois das brigas e dos maus momentos, fomos expulsas do convívio social. Fomos proibidas de dar as caras para evitar que estas mesmas memórias sejam responsáveis por lágrimas escorrendo e que feridas recém-cicatrizadas sejam reabertas.
Hoje vivemos exiladas em caixas bolorentas no fundo de um guarda-roupas.
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