Logo na metade da primeira música eu comecei a notar que alguma coisa não ia muito bem. E assim foi durante toda a audição: uma enorme sucessão de música chata atrás de música chata. O único momento melhorzinho foi quando começou a tocar a única música deles que eu conhecia: Love Hurts. Mas não demorou muito para eu me encher até mesmo dela. A coisa foi tão chata que na volta do trabalho eu ouvi outro disco que não tinha nada a ver com a história.
Com um início tão ruim da semana, eu já fui para o segundo disco - The Very Best of Nazareth - com medo do que poderia ouvir. E não de outra: nem mesmo uma coletânea deles conseguiu ter uma música aceitável. Acho que foi este o disco que eu primo comprou. Incrível como uma porcaria como My White Bicycle possa estar em uma seleção de maiores sucessos. Pela segunda vez, fiz a viagem de volta do trabalho ouvindo coisa diferente.
Depois de dois dias ouvindo tanta coisa ruim, confesso que quase desisti do último disco, o Live in Brazil. Por muito pouco mesmo eu não larguei o de lado, e não tê-lo largado foi a melhor coisa da semana, porque ao vivo até que os caras mandam bem. Até mesmo a porcaria da My White Bicycle ficou tragável.
Gravado em Curitiba, este disco traz ótimos momentos desde o início, com uma introdução maneira na bateria. Durante todo o show, o vocalista conversa muito com a platéia, e as músicas estão recheadas de bons solos de bateria e de guitarra e, claro, a platéia brasileira sempre dá um show à parte e participa bastante. É um disco bem agradável e que pretendo manter aqui na minha máquina. Claro, não é espetacular, mas quando você compara com os outros dois, é um feito e tanto um disco sair bom assim.
E é só nisso que vou ficar do Nazareth. Com certeza não vou querer ouvir mais nada deles de estúdio.
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